Foto: http://gazetaderosario.com.br/
EZI ASSUMPÇÃO
( Brasil – RIO GRANDE DO SUL )
Faleceu na última segunda, 03 DE OUTUBRO de 2022, a médica e escritora Ezi Terezinha Assumpção Azevedo, aos 83 anos.
Ela deixa um vasto legado de humanismo profissional no município em que viveu, trabalhou e constituiu família por 34 anos.
Nascida em Jaguari, Ezi ganhou prêmios por suas crônicas e poesias. Contudo, foi a medicina que a tornou referência em Rosário e região. Em 2011, através de Projeto de Lei Legislativo 02/2011, formulado pela então vereadora Cíntia Pereira de Souza, recebeu no Parlamento rosariense o título de Cidadã Rosariense, assinada como a lei 3.169, de 22 de março de 2011 pelo então prefeito e colega de profissão, Dr. Ney da Silva Padilha. Ezi também recebeu homenagens recentemente prestadas ainda em vida pelo vereador Edmundo Coelho da Rosa.
Nomeada pela prefeitura, chegou a Rosário do Sul em 1973, atuando como pediatra e clínica geral. Atuou no extinto INPS (hoje INSS – Instituto Nacional do Seguro Social), foi chefe da pediatria no Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora (HCNS), médica coordenadora do serviço de acidente de trabalho pelo INPS de 1985 a 1987, e no posto de saúde, onde foi médica chefe, Descentralizou e criou os três primeiros postos de saúde. Nos anos 80, mediante concurso, foi médica auditora do Ministério da Saúde, cargo exercido até sua aposentadoria. Fundadora da Comissão Institucional de Saúde (CIMS) da qual foi presidente, criou junto com o Dr. Agripino Oliveira e a Dra Teresinha Zandei um plano de saúde para o município.
|
POETA, MOSTRA A TUA CARA. Vol. 6. XVII Congresso Brasileiro de Poesia. Org. Ademir Antonio Bacca e Cláudia Gonçalves. Bento Gonçalves, RS: Grafite, 2009. 256 p.
Ex. bibl. de Antonio Miranda
Fragmentos
Deixa eu chorar em paz.
Deixa minha alma
partir-me em mil estilhaços
virar estrelas.
Deixa eu ser mar
maremoto
sopro de brisa
me fazer ventania.
Sou silêncio de tapera
sou riso, lágrimas.
Neste mundo louco
largada.
Tudo já foi dito
O choro retido nos olhos
pela dor
foi derramado por todas as mães
do planeta.
O grito preso na garganta
pela mão que ali pousa
suave e firme
todos nós ouvimos
e fizemos coro.
A indignação pela guerra
o gesto mudo que implora paz
correram mundo.
A leveza da mão
numa carícia leve
todos nós sentimos
na própria face;
Menos os algozes
os senhores da guerra,
estes não têm alma,
mas isso...
já foi dito.
*
VEJA e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO SUL em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grade_sul/rio_grande_sul.html
Página publicada em março de 2023
POETA, MOSTRA A TUA CARA. Vol. 6. XVII Congresso Brasileiro de Poesia. Org. Ademir Antonio Bacca e Cláudia Gonçalves. Bento Gonçalves, RS: Grafite, 2009. 256 p.
Ex. bibl. de Antonio Miranda
|